Kapha e Rotina Anual – Revisão Ritucharya em Termos Indiano…

Como aprendo muiiiito com o Tiago, gosto de fazer estes resumos dos vídeos dele, mas não deixe de assistir ao vídeo para pegar todos os detalhes que um texto não consegue transmitir.

No mundo contemporâneo a noção de que Kapha só agrava na primavera, muitas vezes não é verdade. Do ponto de vista prático, a gente tem que começar a cuidar do Kapha, aqui no Brasil de abril a junho.

Traduza vasanta Como primavera metabólica. Quando você começar a secar no Vata e quando você começar a esquentar no Pitta em algum grau o sistema começa ficar instável. No caso do Kapha isso não é tão verdade, quando tem as condições ideais do Kapha de frio e congelamento, não é nesse momento que você vê o processo de overflow, o processo de transbordar ou degelar o acúmulo prévio. Na Ayurveda, a gente diz que o kapha tem um processo de acúmulo surdo, ele fica submerso.

De uma forma prática, sempre que você tem uma estação fria e úmida consistente e logo depois bate um sol na lata, as chances do Kapha se estabacar é grande, porque esse processo de aquecimento súbito, que é o que a primavera metabólica faz, é um desafio metabólico mesmo para os Vatas e pros Pittas porque o Kapha no corpo de todo mundo vai estar passando por esse processo de degelo. Todo mundo, independente da constituição, quando chega esse calor na lata tem que ficar ligado para ver se o sistema está tendo perturbação de Kapha.

Então é interessante fazer um vamana antes do sistema entrar em enchente, remove-se o problema antes dele causar um ponto crítico.

Quanto mais seco o verão, menos ele é um problema para o Kapha, quando é muito quente e úmido, isso não relaxa o Kapha, ele fica cozinhando.

Se na primavera metabólica a gente entope o kapha de pimenta e faz um vamana preventivo, do ponto de vista ideal, no verão úmido a gente entope o kapha de coisas cruas, germinadas e amargas para conseguir sugar o material que está ali sem conseguir evaporar.

Mas a população da normose, por volta de abril, quando as pessoas começam a andar de casaco e estão mais em casa, já começamos a usar pimenta, coisas picantes com ácido, porque ali vai ter um Vata meio que ao redor também, isso vai acalmar o vata para que você possa bater na cara do Kapha, dando uma esmola para o Vata com o ácido.

Você fica muito frio e seco isso não agrava muito o Kapha, no sentido de que o corpo perde umidade para o meio. Nesse caso o grande vilão da história é o Vata.

No Brasil, como a gente não tem neve, nós não vivenciamos o conceito de inverno seco, o nosso inverno tende a ser úmido, então a gente tem que usar picante e amargo junto, porque o amargo abre espaço para o sistema dar descarga e o picante é a descarga. O amargo transforma o Kapha mais pesado em algo mais leve.

Melão de São Caetano, bertalha, taioba, alecrim, espinafre, eles são picantes e verdes amargos. Rúcula é mais para o verão. Agrião para primavera.

Se o Kapha ficar comendo no inverno úmido quiabo, que é teoricamente bom para o Kapha, no inverno úmido pode ser que ele tenha uma congestão, se não encher de pimenta.

Kapha não sabe metabolizar muito bem coisas adstringente se ele estiver congelado, porque o adstringente para um pouco o fluxo das coisas, então coisas adstringente demais são boas pra você colocar junto do amargo no verão, que faz com que o sistema puxe a água num momento onde o corpo tem calor para digerir o adstringente.

Para o Kapha funcionar no inverno úmido (no ponto de vista brasileiro, o mais importante) ele precisa comer picante e amargo. Sem o amargo ele não consegue mobilizar o muco mais profundo do sistema. Comer coisas verdes escuras e picantes, espinafre e bertalha é muito bom.

No inverno a gente tem que aumentar a quantidade de amargo porque se não ele fica obstruído.

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